quarta-feira, 13 de fevereiro de 2013

ALEGRIA EXTRAPOLADA... É CARNAVAL!


Uma explosão de juventude que preenchia a Afonso Fontes na noite de ontem. Uma nuvem em branco tom de goma de mandioca (e não maisena, pelo preço, claro), cobria a tudo e a todos envolvendo ainda mais a alegria do momento. É carnaval, o país está em festa.

“Vodka ou água de coco pra mim tanto faz [...]”. Realmente, vendo toda aquela gente, jovens ainda, muito jovens, em tão extrapolada alegria, pressupõem-se, que pouco importa a quarta-feira de cinzas vindoura. O que tá valendo é o momento. Na praça ninguém é de ninguém. Entrou; tem que se melar ou ser melado pela terrível goma que arde qual “malagueta” nos olhos do desafortunado que for atingido...
A praça é deles...

Distante, com medo da nuvem de goma, fico observando os estereótipos e grupos que são típicos. Incrível como eles de destacam: tem o dono do paredão, gordinho e sempre de boné, com um copo sempre à mão, tentando dançar qual um robô em curto circuito, já que sua coordenação motora não permite. Mas isso não importa, ele está em êxtase, pensa: “eu sou o dono do paredão”, e, se alguém ainda não souber, ele fica mudando de música a todo instante com o controle de longa distancia, mas para que todos vejam, ele tem que mirar o dispositivo para que todos saibam que ele é o dono do paredão...

Tem ainda as menininhas mal saídas da adolescência, de canelinhas finas, blusas em trapézio e aparelhos dentários combinando com o quadro que dispõem ainda do celular postado no bolso do short curto que atesta a falta de volume glúteo, mas que, invariavelmente e usado para as fotos e postagem nas redes sociais. E as fotos, sempre em grupo e semi-agachadas (quisera saber por que). Estas mesmas, sempre estão lá, próximas à ensurdecedora parafernália sonora e do gordinho desconjuntado.

Na Afonso Fontes, ainda que existam grupos distintos, o momento equaliza a todos... pelo menos; até que haja a migração para outra praça, na vizinha Acaraú.

Os que podem pagar sessenta reais por uma camiseta e ficarem no cercado, aglomerados, espremidos, estilizados, maquiados, sempre sorrindo em fotos (semi-agachados) vão... aos que não: continuarão a festa na “Discoteca do Bastiãozinho”, jogando fécula de mandioca na cara e nos olhos de quem quer que seja; afinal é carnaval, se não quer entrar no mela-mela, fique em casa, ou vá para a Centenário.

“Cada vez eu quero mais. Cada vez eu quero mais[...]”.

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