Acreditar na crendice popular que o inverno chegou, porque no dia de hoje choveu (serenou), é uma tolice sem tamanha. Posto já, praticamente, terem se passado três meses do período de que deveria ser de chuvas, mesmo que intermitentes. Ainda que, contrariando as previsões metereológicas bem fundamentadas, diga-se de passagem; as chuvas de hoje em diante fossem constantes, não haveria tempo para a normalização da safra já perdida, soçobrando desta situação, nada mais do que a “seca verde”.
O que é e será real por estes tempo, é o vergonhoso ir e vir de carros pipas cortando o causticante interior nordestino, atestando que a indústria da seca ainda é uma realidade presente, não obstante, aos megalomaníacos projetos de transposição de águas que tem feito a alegria do quarto poder – as onipresentes e grandes empreiteiras, que ditam, mandam, destituem e financiam as campanhas de quase todos os membros do legislativo brasileiro, quiçá, do executivo também.
Nosso povo alheio à situação presente, entende que vivenciar o Dia de São José e torcer por chuvas e refestelar-se em caras festas oficiais por este belíssimo litoral nordestino. Esquecendo-se, que o dia vinte é logo amanhã, a despeito da alegria e indiferença para a triste realidade de nossos irmãos nordestinos.
Aí, talvez, questionar-me-ão: Eu não sou o culpado pela seca.
E, responder-lhe-ei antecipadamente: Pela seca não; mas por seus efeitos sim, quando referenda através do voto, nomes que se alegram e enriquecem com a estiagem, aumentando no mesmo turno, seus currais eleitorais.
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Ma is uma vez NOTAS OPINATIVAS, expressou em seu belo texto, a realidade nordestina em especial do Ceará. Parabéns pelo texto!!!!
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