Todos se foram da mesma forma que viveram. Solitários, frágeis e consumidos pelas futilidades que a fama encarta ao ponto de fazê-los qual moeda em esfinges duplas. Duas faces, uma mesma vida. Vida consumida pela dissonância daquilo que escreviam aos jovens. Geração suscetível. Geração que copiam exemplos; bons ou ruins...
Foram ídolos: Seixas, Cazuza, Eller, Russo, Cobain e agora Chorão...
Foram extremos:
Lúcidos nas letras escritas e sonorizadas pela poesia dos acordes arranjados, em linguagem clara e encartadas de verdades que faziam suscitar questionamentos a uma geração passível de tantas mazelas sociais. Verdadeiros hinos para a juventude.
Inconsequentes em vida. Não souberam lidar com os próprios conflitos existenciais e nem viver o que pregavam. Sucumbiram ao fantasioso e insaciável universo das drogas que lhes tolheram tão precocemente o maior dom que poderiam ter recebidos: a vida, a despeito de suas genialidades...
Foram ceifados, engolidos pela solidão que; não obstante a celebridade, eram sozinhos; temerosos de si mesmos. Eram infelizes...
Muitas das composições destes gênios, em que as palavras, como diria o poeta Zé Orestes: “obedeciam as suas vontades”, modelaram o meu conceito sobre muitas questões que me atormentavam por eu não encontrar respostas onde procurava... Eram simples palavras, ingênuas até em seus conceitos filosofais, mas profundas em suas verdades conceituais...
“Todos os dias quando acordo, não tenho mais o tempo que passou, mas tenho muito tempo: temos todo o tempo do mundo [...]” (Tempo Perdido – Renato Russo)
Talvez por imaginarem o tempo como algo infindável que não tragaria os seus conflitos, foi que se perderam e morreram indiferentes ao que acreditavam...
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É preciso fazer algo urgente contra esse monstro que é a droga, pois o ídolo de muitos que se foi, é apenas um, dentre milhares de pessoas que se vão todos os dias e nem são lembradas.
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